sexta-feira, 18 de maio de 2012
Vivo a transição de gens em gente.
Vivo a possibilidade de dar possibilidades.
Enquanto vivo reúno as condições de vida.
Que estavam separadas no universo.
Então as contraio delas estraio.
A seiva do entendimento.
Quero passar essa zona de transição.
Onde cada um procura só a si mesmo.
Para chegar onde o universo quer se explicar.
Este sentimento me acompanha desde menino.
E como menino me lanço nele.
O contraio com dor de parto.
E disso espero ver nascer o novo.
Nele e em mim.
E que venha para todos.
Que responda para todos.
E que passe pelo silencio.
A tremenda vontade de seguir na vida.
Aposta loucamente na emocionalidade.
Mas o que quer seguir seguindo.
Só é possível em algo mais profundo.
Então me lanço em sua segunda vertente.
Mergulho na escuridão e na ausência.
Supero a sensação de solidão.
E parto de novo, abro os braços.
Me deixo cercar pelo que nunca pode se aproximar de nada.
Ondas cores e sons que não puderam ser contadas.
Como as perdas não contadas nas batalhas ganhas.
Como o ganho das batalhas perdidas.
É presente que se aproxima e me toca.
Como meus dedos respondo no teclado do computador.
Eu sou teclado e manifesto .
O que o universo tem em si guardado.
Nuvens de gás, peso de fumaça, atração de átomos.
Um gélido confortável primal embrionário quer luz.
Quer o amor que seja bom para todos.
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