Retomo a poesia sobre concreto.
Martelo e talhadeira.
Braços doídos pela força e rimar.
Minhas roupas mudaram de lugar.
Tenho em minha janela uma favela.
A visão mais brasileira.
Na outra um ipê roxo.
Carregado em cor.
Exuberante como o morro.
Atrás a escola na mesma latitude.
Do Santo Thomas.
Pelo menos em terra.
A luz vai murchando.
A brisa contínua do leste.
Fico quase imóvel.
Enquanto a pluma de minha alma.
Vai sendo levada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário