quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Saberei o destino sem me afastar. Nada interromper. Quero o fluxo da vida. O sinto. Mesmo não tendo as cartas reveladas. Perdura o tempo . Onde a espada encravada. Atravessa o peito. Dilacera e lateja fundo. Não sei se o que aprendi basta. Para removê-la . É preciso afrouxar a tensão. Sem paz nào há soluções . Sem volta permanece a dor. Dor só traz mais dor. Busco a saída . As que conheço. Me devolvem sempre. Ao campo de mais dor. Havendo sinceridade. Qualquer decisão será favorável. Acostumados ao medo. Vemos tudo no incerto O que não alcançará claridade ? O que for subtraído pela dor. Pelas feridas recorrentes. Por não ser livre. Nossos sentimentos se ocupam. Do que lhes é fornecido. Truques ou guloseimas ? Sintonizo meu ser. Na direção das ondas da vida. Ouço uma canção. Que começou apenas agora. Guardar domingos e festas. Decorei sem decifrar. Guardar é não fazer nada. Ou tudo que importa. Faço em minha vida um vôo guardado. Dentro das nuvens. Sem ver nada. O fato é que hoje domingo. E estou tão longe de casa. Em vez de repouso. O jeito é recomeçar. Outras milhares de milhas. Outros caminhos. Na mesma jornada. A inércia ajuda. Mas não traz liberdade. Segue o movimento equilibrado. É mais facil. Mas é mais vulnerável. À queda e a corrupçãol. Aparências brandas. Geram soluções fáceis. Como pagar com a mesma moeda. Desta forma apenas temos trazido. Mais complicações. Conheci minha força exterior. Pela velocidade de sacar um talão. E assinar um montão de cheques. Me surpreendia ao ver. Como aquilo parecia real. Rápida e impensadamente. Com rabiscos. Era isso que era solicitado. Era isso o que tinha para dar. Depois vim perceber. Que eram mais fraturas. Nesse ser que cuido . Para não viver engessado. Relógio atrasado vive no passado. Nunca será presente. Se adiantado o danado vive de ilusões. O que será que vai acontecer ? O que não acontece nunca ! Adiantado pode até ser considerado avançado. Mas perdeu seu tempo. Não se soube. Só é possivel ser presente no agora. Sem antes nem depois. Pois o que se passa nesta hora. Nunca vai voltar. Se não tiver aprendido. A vida atrasa mas não adianta. Abraçar a vida inteiramente. Fora do presente. É como ser uma janela. Aceito tudo. Não tão simples assim. Aceito depois de superar os reflexos. E parar de me ver do outro lado. Então não brigo. Transfiro-me para dentro. Vejo o outro lado. O que não deu certo. Convida a prosseguir. Então se pode aceitar. Pois no fundo se sabe. Que é assim mesmo. Fico ouvindo o silêncio. É quase sagrado. Como se tivesse entendido o que passou. E o que escrevo. Enquanto vou escrevendo. Clareia a visão e a audição. Para coisas mais importantes. Me dou menos trabalho. Nisso sou tranqüilo. Vivo sem saber o futuro. Ninguém sabe o que vem. Aproveito este instante. Ainda que apertado. Como sobrevivente. Isso vai passar. Como tudo . Isso também há de passar. Lembro das pessoas queridas. Isso traz um vento e uma brisa. Escrever tem diminuído o lamento. Um a menos. Para que sofre. Um a menos. Para quem escuta. A quiza de entender. O como somos feitos. Tinha esquecido quanto duram as marcas. Quanto se sofre. Qaundo se expõe a dor. Ficam por acontecer os sentimentos. Que mudam os caminhos. Comentários impensados. É hora de encontrar forças. Reunir os pedaços e seguir . Encontro paz somente quando. Sinto perto o lápis e papel. Quando estou desperto. Fico como sou. E esqueço o nó. Senão escutar o pulsar da vida. Que ecoa nos que sofrem. Sentiremos as mesmas dores. Então parto e num só movimento. Paro de me partir. Vem a vida convidar. E empurrar na sua direção. É preciso ser forte. Superar a extenuação. A inércia do sufoco. E decolar mesmo no meio da tribulação. Alçar vôo. Superando resistências. Muito ficou para traz . Mas há a paz. De quem se deu. O que não aconteceu. Fica envolto em mentiras. Como num processo. Onde o réu sou eu. Meus bríos sobressaem. A tantos contraríos. Podem me fazer tropeçar nas estrelas. Fiquei sozinho. No meio do nada. Essa trilha não vai dar em lugar algum. Venha preencher os vazios. Respirar sem mecanismos. Um ar que seja puro. Que tenha em si qualidades. Restabelecendo vida. Venha a partir do que se tem. Sem contar com qualquer outro mais. Focar a visão. Na direção do bem. Olhos molhados criam prismas. Imagens distorcidas do amor..