Escrevo vertendo.
Como desaguando um imenso rio.
Na hora que escrevo.
Sinto um vazio.
É o movimento das águas.
Espero que quem lê.
Sinta o mesmo em ondas.
Somos rios afluentes.
Confluentes.
Que desembocam no mesmo lugar.
Rios que invadem planícies.
Que se esparramam.
Sem economizar espaços.
Rios que vão abrindo.
O movimento da vida.
No que ela tem de mais sagrado.
Guardado no coração humano.
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