Por trinta anos gravitei a figura de meu pai.
De tal forma que pensei ser assim.
Depois disso continuei o gravitando.
E como um planeta cansado me afastei.
No esforço inútil de gravitar outro alguém.
Me reverti.
Como um imã ao pólo oposto.
Como um acido a uma base.
E hoje caiu a ficha.
Não gravito mais ninguém.
Não quero substituir nenhuma figura.
Não quero criar conforto .
Me disponho a me inteirar.
Gravitar a imensa vida.
E ser quem sou.
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