sábado, 19 de maio de 2012

Acordo na distante pátria. O ruído uniforme dos carros. Remete a uma auto estrada. Um fluxo ininterrupto. Me faz puxar continuo. Fio de um carretel. Puxo as emoções. Mais afloradas. Mais fáceis de encontrar. Nelas sinto dor apego tristeza. Puxando mais um pouco. Sinto que as coisas estão melhores assim. Um equilíbrio delicado. Puxo mais e saio da zona. De dor e prazer. A pele não é tão importante. A sensação de habitar o corpo. Estar preso nele ele. Uma vida que não precisa de corpo. Que desenvolve tarefas complexas. Dentro de mim algo me puxa . A vida sofre por estar presa. À repetição de hábitos. A sensação de apego. Sapatos de chumbo. Como caminhar com eles ? Que nascemos pelo corpo. Não para o corpo. Puchado de novo. Adentro uma área. Onde encontro outros. São pensamentos. Sentimentos e vidas de outros. Deste e de outros tempo. Onde silenciosamente. Interferem em sensações. Um jardim dentro de mim. Um olhar diz muito. Quase tudo. Não encontro mais matéria. Não me confundo. Com meu corpo. Exerço a vontade. Em me fazer luz.

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